A moça
De rodilha
lata d’água
na cabeça
calada
todas as tardes
a bela moça
roceira
passava
Fogosa e faceira
de gravata borboleta
distribuía sorrisos
de alegria
nas manhãs de domingo
como se não fosse haver
segunda-feira
nem rodilha
quero os bêbados da noite
e as prostitutas que vierem
lambuzar-me de todos
e de cerveja
depois voltar pra te acordar
com beijos e caricias
depositar em teus seios
os vermes da minha língua
(Carlos Alberto)
nasci, cresci e me tornei um ladrão
iniciante comecei roubando flores
velho ainda quero roubar seu coração
com aquelas flores iniciei o processo
depois fui regando flores e versos
hoje junto tudo e atiro no alvo certo
seu seu, seu meu, meu e seu eternos
Que uma margarida branca
e uma dália disfarçada de rosa
se juntam para murchar o inverno
(Carlos Alberto)